“A idade imprime mais rugas na mente do que na face”
A frase escrita por Montaigne, escritor do século XVI, é muito actual se considerarmos que o envelhecimento que observamos na nossa pele provém, maioritariamente (em cerca de 80%) da nossa exposição a factores externos, como a exposição solar, a poluição, o tabaco...e não apenas da nossa idade interior. Trata-se pois da diferença entre a nossa idade biológica, aquela que aparentamos, ou que a nossa pele revela, e a idade cronológica, aquela que efectivamente temos…
O envelhecimento causado pelo evoluir dos anos, que corresponde ao nosso B.I., é cientificamente designado de envelhecimento intrínseco, e é um processo muito lento que causa alterações na estrutura dos tecidos cutâneos. As características mais marcadas deste tipo de envelhecimento não costumam ser visíveis antes de uma idade avançada, em que a pele se apresenta mais pálida, mas uniforme e suave, com rugas normalmente finas e, ocasionalmente, rugas de expressão exageradas, bem como perda gradual de elasticidade.
O envelhecimento extrínseco é causado por influências ambientais, que são cumulativas num background de envelhecimento intrínseco. Na maior parte das pessoas o envelhecimento extrínseco está restrito a zonas como o rosto, decote e superfícies extensas como os braços, proveniente da acumulação da exposição à radiação solar, o tão conhecido fotoenvelhecimento. Este, isolado, tem características específicas que diferem das do envelhecimento natural intrínseco, anteriormente descrito: rugas mais profundas, pele áspera, e não uniforme, grande perda abrupta de elasticidade. Pode surgir numa fase precoce da vida se a exposição a estes factores for regular, e sem cuidados cosméticos adequados. Após apresentação destes factos é relativamente linear perceber a importância do nosso dia a dia e exposição aos factores externos onde maioritariamente o sol contribui para um envelhecimento precoce.
A exposição ao fumo do tabaco e poluição são também factores aceleradores do envelhecimento intrínseco e extrínseco. As rugas dos fumadores são normalmente mais estreitas e profundas, sendo mais marcadas nos chamados “pés de galinha” e zonas peribucais. Apresentam também uma tez mais acinzentada e pele não uniforme. Os grandes fumadores (que fumam mais de 1 maço de cigarros por dia) têm 4,7 vezes mais probabilidade de ter rugas faciais do que os não fumadores, independentemente de se exporem à radiação solar.
A utilização de produtos cosméticos adequados consoante o seu tipo de pele, é também muito importante, pois favorecem a normalização da sua pele, para que esta se mantenha saudável. Procure um profissional conhecedor desta área para que o possa aconselhar correctamente, visualizando directamente a sua pele, e fazendo o diagnóstico, através de algumas questões.
E…beba água, muita água, até 1,5 L por dia é sempre pouco, pois a água favorece a drenagem e desintoxicação, com excelentes resultados na beleza da pele.
Mas nunca se esqueça que o meio ambiente em que vive, e a vida que tem (acelerada, noitadas, fumo, muito sol, ...) são os principais responsáveis pelas rugas que a sua pele revela. Proteja-se deles e a juventude da sua pele prolongar-se-á !
Até breve!