(RE)COMEÇAR AOS SESSENTA ANOS (/)
A chuva visitou as montanhas .
Ficamos por casa. A temperatura subiu um pouco e a neve derreteu q.b. Nada mau.
Passei parte do dia frente à lareira a ler.
Os sons da chuva e do crepitar do fogo criavam uma ambiência única.
Uma chávena de chá foi-me acompanhando ao longo das horas. E, claro, as recordações . Muitas. Boas e menos boas.
A Maria Teresa aproveitou para se dedicar à escrita. Um romance que deve seguir o caminho do primeiro – o sucesso. Esconde-se num psudonimo...uma pena.
Admiro a forma como consegue conciliar as suas tarefas, que lhe permitem “reforçar” as finanças, e a concretização de um sonho – escrever.
Parece que, para ela, o tempo “estica” naturalmente. Há tempo para tudo. “Espaço“ para os Amigos é coisa que não falta. Adorava ser assim.
Diz que a idade lhe trouxe a serenidade… a perda de emprego a noção do que deve ser ou não valorizado.
Não perde tempo com o “socialmente correcto”.
Agir é a palavra de ordem. Cumprir os seus sonhos e, sempre que possível, ajudar outros a materializar os seus.
Esta forma de estar e ser é visível na forma como é abordada na rua – um misto de respeito e admiração.
Olhando a sua silhueta, de aparência frágil, não tenho dúvida que a sua “força” vem do seu mundo interior, tal jardim secreto de acesso restrito.
É fantástico, podem crer. Um exemplo raro que tive a sorte de conhecer.
Até amanhã.
Um abraço