A inspiração para vestir o "corpo" da primeira fragrância masculina de Jean Paul Gaultier, Le Male, foi o Marinheiro de Brest (1947).

O aroma transformou-se num clássico da perfumaria e encontra-se desde 1995 na lista dos cinco perfumes mais vendidos em todo o mundo.

Aroma e frasco seguiram as "regras" que conduzem ao sucesso e intemporalidade. 

Mas Gaultier nao para de me surpreender.

A sua imaginação não tem limites e, em 2012, arranjou outra fonte de inspiração - os gladiadores do Coliseu de Roma

Surge Le Mâle Gladiator que estará à venda em Portugal a partir de 20 de Setembro.

Não há um corte com Le Male original.

Uma evolução natural.

A imagem

A caixa em cinzento metalizado mantem-se.

Gravadas no metal, as iniciais, estilizadas, como uma tatuagem emblemática, anunciam um atleta triunfante.

"Herdeiro de heróis da Antiga Roma, alimentado pela força criativa do designer, “Le Male” despe a sua camisola de marinheiro e veste a armadura metálica".

Talhada diretamente em estanho antes de ser laminada, gravada, e por fim polida, a placa é colocada diretamente sobre o frasco de vidro fosco.

O aroma

Não conheço pelo que passo a palavra a quem conhece e que assim o descreve.

A couraça, emblema de uma masculinidade conquistadora, marca um sedutor irresistível. Le Male reinvindica a ambivalência típica dos homens, usando-a como estandarte...”

Dono de um coração inundado de flor de laranjeira, Le Male ganha decididamente o combate com uma baunilha acariciada pela fava tonka e o âmbar. A sedução absoluta do vencedor aclamado.”

Músculos firmes, ele avança irredutível e determinado. A sua segurança e a sua valentia são avassaladoras. Um líder que cativa a audiência.

Como os gladiadores que untavam o corpo com menta para aumentar a sua eficácia, “Le Male” vaporiza-se com a sua fragrância fetiche.

O coentro realça a menta que por sua vez é estimulada pela potência de uma lavanda. Tenazes, as madeiras de sândalo e cedro triunfam na reta final...

Vou aguardar.

Já agora...

O tema os "gladiadores" foi proposto em 2010 por Jean Paul Gaultier na sua colecção de sapatos.

O mesmo aconteceu com Roberto Cavalli.

Dois grandes designers, sem dúvida.

Dois "fazedores" de tendências.