DOS CHARUTOS PARA OS PERFUMES. Origens de Davidoff
Falar de charutos é falar de Davidoff. É falar de uma família ucraniana que se dedicava à mistura e manufactura de cigarros e que, em 1911, se instalou em Genéve, onde criou uma pequena loja de tabaco.
Zino, era um dos Davidoff. Cresceu entre folhas de tabaco e aromas. Rapidamente, aprendeu a fazer misturas de tabaco sob o olhar atento do pai. Nessa altura não pensava em charutos. O seu interesse por esse “mundo” virá mais tarde, consequência de uma viagem pela Argentina, Brasil e Cuba, onde durante cinco anos aprendeu a “arte de fazer charutos.
Regressado à Europa cria, sem grande êxito, um pequeno “departamento” para comercializar charutos.
Só com a Segunda Guerra Mundial o negócio floresceu para Zino Davidoff. Aristocratas,, políticos, artistas e intelectuais começaram a frequentar a pequena loja e, o nome Davidoff” ultrapassou fronteiras. Finda a guerra, os cubanos propuseram um negócio a Davidoff – a revitalização do mercado europeu.
O caminho estava a ser traçado. Zino começa a comercializar charutos cubanos com nomes de vinhos de Bordeaux. Com o apoio incondicional da família Rotchild e dos fabricantes cubanos, Zino lança em 1947 uma das suas obras-primas: a série “Chateau” inspirada na linha Hoyo de Monterrey Cabinet. O sucesso foi total. Em 1969, com o aval do governo cubano, Zino Davidoff cria a sua própria marca. Os Havana, “made in Genéve” passaram a ser uma referência para os apreciadores de um bom charuto.
O passo seguinte para desenvolver e reforçar o negócio foi dado com a associação a Ernest Schneider, que como presidente cda Oettinger tinha os recursos e conhecimentos para internacionalizar os “Davidoff”. Juntos abriram pontos de venda em hotéis e restaurantes de toda a Europa e Ásia.
Com o embargo americano a Cuba, os Havanas Davidoff estavam excluídos de um mercado que lhe interessava – o Estados Unidos. Não desistiu e, em 1983, lança os seus charutos, feitos nas Honduras, nos E.U.A.
Em 1990, após desentendimentos entre a Cubataco e a Oettinger Imex, a produção dos charutos deslocaliza-se para a Republica Dominicana. Ali ampliou a linha de charutos, adaptando-a às apetências do consumidor.
Escusado será lembrar que a Davidoff, actualmente, já não é só sinónimo de charutos. Acessórios para a “arte” de bem desfrutar de um bom charuto, perfumes, cosméticos, gravatas, camisas, óculos, artigos de marroquinaria fazem parte da griffe Davidoff, de um estilo de vida, de um status
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