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Fragrâncias

Perfumes, Práticas e Discursos

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TERRE D´HÈRMES - ALQUIMIA PURA

 

 

 

 

A Casa Hermès , um dos símbolos que confere “status” a quem tem acesso às suas peças de vestuário, marroquinaria, faiança, relógios, luvas, sapatos, lenços em seda ou perfumes, entre outros, não começou por criar e comercializar nenhum desses produtos.

 

Este "detalhe" torna a sua história em algo de fascinante e apetecível.

 

É como viajar no tempo, acompanhar a evolução dos meios de transporte nos séculos XIX, XX e XXI.

 

A história poderia começar, como qualquer outra:

“Era uma vez um senhor de seu nome Thierry Hèrmes, fazedor de selas para cavalo e artesão de mérito reconhecido que, em 1837, decide mudar-se para Paris.

 

Em 1879, o filho transfere a sede social da empresa familiar para o número 24, Faubourg Saint Honoré onde se mantém..."

 

 Com o aparecimento dos primeiros automóveis Émile Hermès percebe que o mundo está em mudança e que muito em breve o recurso ao  cavalo, como meio de transporte seria reduzido…”

 

O lançamento de artigos de marroquinaria e malas de viagem, cosido com o mesmo método e perfeição das selas, abre caminho para uma "auto estrada de modernidade" e de ante visão do futuro.

 

 

 

O encontro com o mundo das fragrâncias ocorre em 1951.

 

 

Dá pelo nome de Eau d’Hermès e tem a assinatura do mítico Edmond Roudnitska.

Segue-se-lhe 10 anos mais tarde Calèche.

Entre 1961 e 2004 sucedem-se 9 fragrâncias que viraram clássicos da perfumaria moderna.

 

Terre d'Hermès eau de toilette, 2006, foi "escrita" por Jean Claude Helena e, tal como todas a<s crisações olfactivas" conta uma história

 

O sucesso foi enorme. Um aroma inesquecível, sedutor e requintado onde se precepcionam notas amadeioradas e minerais.

 

Terre d’Hermès parfum surge em 2009.

Uma simbiose de notas amadeiradas realçada pela vivacidade dos citrinos e do shiso.

 

Terre d’Hermès Eau Très Fraîche acaba de ser lançado.

Verdadeira alquimia, revela-nos, uma história de uma trilogia essencial à vida:  Terra- Ar- Água.

 

Sem dúvida uma eau de toilette com uma frescura salutar, física, que encontra a sua força no frio gelado dos aldeídos, no aroma um tudo nada acre da laranja amarga e na envolvênciar das madeiras.

 

 

Um frasco redesenhado

 

 

Um perfil extraplano, uma estalagmite cristalina, um frasco que surge das profundezas e que se eleva ao céu, como uma resposta, um contraponto ao primeiro punhado de terra.

 

Fiéis ao frasco de Terre d'Hermès, os detalhes discretos descobrem-se a pouco e pouco - o selo Hermès encastrado e o filete laranja que se reflete nas espáduas de metal.

Surpreendente, o branco.

Um branco elementar, simbólico e puro, elegante e descontraído, para a tampa traz-me à memória o fabuloso aroma que dá pelo nome de Un Jour D'Hermès.

 

A minha opinião: Gostei. Muito.

 

Evoluiu muito bem na minha pele.

 

Masculino ou feminino...que importa?!