“ Era uma vez, um local perto dos Alpes em que o ar era puro, a paisagem maravilhosa e a água tinha propriedades benéficas para fazer face a algumas doenças e mal estar…”
Poderia ser este o começo lógico para uma crónica em que falar da Água de Uriage e da sua estância Termal são os objectivos.
Nem sempre se chamou assim. Começou por ser Auriaticum, evoluiu, sucessivamente, para Oriaticum, Uraticum, e Uriaticum… até se fixar em Uriage. ![]()
Diz a história que o local onde hoje se situa a Estância Termal já era conhecido pelos romanos e que as virtudes terapêuticas das águas, levaram à construção de um centro onde os legionários romanos podiam descansar e recuperar dos seus ferimentos.
Após a ocupação romana, as propriedades terapêuticas da água de Uriage foram votadas a um esquecimento quase total.
Em meados do século XIX, a estância como que “desperta”, passando a fazer parte das rotas das grandes estações termais, e a ser frequentada por uma verdadeira elite, indiferente à distância a que se situava – fronteira com a Suiça.
O importante era cuidar de alguns males – problemas cutâneos, reumatismo, artrite, bronquites, raquitismo, entre outros – e conviver. Conviver muito.
A afluência à Estação Termal de Uriage foi aumentando gradualmente, o que conduziu ao desenvolvimento de uma cidade termal, cuja frequência oscilou ao sabor das necessidades e das modas – o termalismo foi substituído pela praia.
A partir de 1980 Uriage conhece um novo fulgor, os edifícios são restaurados, as ruas embelezadas e o mundo redescobre os benefícios da água termal.
Mas, afinal, o que contribui para tornar esta água em “algo” de tão especial?
A resposta é simples. A Água Termal de Uriage atravessa, ao longo das estações e dos anos, as profundezas dos Alpes, ricas em minerais, enriquecendo-se em cada metro do seu percurso. Nasce ao abrigo da poluição, tem uma temperatura de 27º e um pH constantes, e é bacteriologicamente pura.
Não admira, pois, que alguns dermatologistas e investigadores tenham, em 1992, unido os seus esforços para desenvolver uma marca de cuidados dermocosméticos formulada a partir deste precioso princípio activo. Assim nasceu a Uriage.
Especializados desde sempre no cuidado de pele sensível, seca ou com tendência atópica, os Laboratórios Uriage procuram responder às necessidades destes tipos de pele, em todas as idades e colocar ao nosso dispor um vasto leque de produtos hipoalergénicos.
Uma questão de status
Até meados do século XX, frequentar as termas em qualquer ponto da Europa não significava apenas cuidar do corpo. Conferia um status. A Estância
Termal de Uriage não fugiu à regra.
Os momentos de lazer eram ocupados com múltiplas práticas – concursos de ténis, equitação, passeios pelo parque. As toilettes, quer femininas quer masculinas, eram as ditadas pelos Costureiros da época. A elegância aromatizava as salas, os terraços, as esplanadas… Vestir-se “para o almoço”, “para passear” ou “para jantar” era uma rotina a que os frequentadores das Termas se submetiam com alegria. Afinal, o “tempo dava para tudo” e as regras de “estar em sociedade” impunham – se de umas forma quase ditatorial.
Nessa época, pelas Termas de Uriage passou parte do jet set internacional - a Princesa Youreski (esposa do Csar Alexandre III), Edmond Rostan poeta e dramaturgo francês, autor da peça Cyrano de Bergerac, o pintor Pierre Bonnard (pintura à esquerda), o escritor Stendhal e Coco Chanel entre outros.
Em suma ir a “águas a Uriage fazia bem… e fazia moda.